Doenças de pele causas pelo sol

Muitas doenças são causadas pela radiação ultravioleta: na pele, pode ocasionar o temível câncer (principalmente nas pálpebras, orelhas, nariz, bochechas, lábios e outras regiões expostas), a retração de pálpebras inferiores (“aspecto de buldogue”) e o envelhecimento precoce; nos olhos, a radiação ultravioleta é responsável pelas seguintes doenças:

- Pinguécula e pterígio (a “carne crescida”);
- Disfunção lacrimal, inflamação permanente da superfície ocular ou olho seco;
- Catarata;
- Doenças do fundo do olho (cegueira causada por lesões da retina, que podem ser súbitas (maculopatia solar) ou crônicas (degeneração macular), isto é, decorrente dos muitos anos de exposição);
- Câncer das pálpebras e conjuntiva ocular.

Evitando danos
A única maneira de evitar essas doenças é a proteção contra a radiação ultravioleta, desde a infância. Algumas pessoas submetem-se ao sol por toda a vida, por questões profissionais), mas mesmo as pessoas que não trabalham sob o sol costumam ter um passado de sol. Na maioria das pessoas, cerca de 80% da exposição aos raios ultravioleta ocorre até os 18 anos de idade, fase em que o indivíduo geralmente está mais desprotegido. É essa exposição, no começo da vida, que irá cobrar um preço alto, mais tarde, na vida adulta.

Existem óculos claros, isto é, sem cor nenhuma, com proteção ultravioleta de 100%. E existem muitos óculos de sol, escuros, que têm qualidade ruim e não fornecem nenhuma proteção contra a radiação ultravioleta. Por isso, somente compre óculos de procedência confiável, porque não dá para distinguir, apenas observando, quais óculos têm proteção contra raios ultravioleta e quais não têm.

Os óculos ruins, de má qualidade, fazem mais mal do que ficar sem usar nada, porque quando se usam óculos escuros ruins, a claridade deixa de incomodar os olhos que, então, se abrem e ficam mais expostos à radiação.

Medidas preventivas
Seria ideal o uso de óculos escuros com proteção UVA + UVB desde a infância, mas realmente às vezes é difícil convencer a criança de que é importante o seu uso. Nem todas as crianças aceitam usá-los.

Outras medidas:
Uso de bonés;
Evitar a exposição ao sol entre as 10h e as 16h;
Consultas preventivas a cada dois anos com o oftalmologista (ou menos);

Exija o certificado
Nem sempre o selo estampado sobre as lentes garante a proteção adequada à radiação solar. Por isso, recomenda-se adquirir os óculos em lojas especializadas, que garantem a procedência e a qualidade das lentes. É somente nas ópticas e nos consultórios dos oftalmologistas, que contam com um equipamento especial, que se consegue verificar se os óculos possuem filtro de proteção solar.

Fonte: Guia Dicas

Doenças da pele: Dermatite atópica ou eczema atópico

O que é?

A atopia é uma doença adquirida por herança genética que, na pele, causa lesões inflamatórias: a dermatite atópica ou eczema atópico. A pessoa que sofre de atopia, além da dermatite atópica pode apresentar asma ou rinite alérgica. É frequente encontrar histórico de uma destas doenças nos familiares.

Manifestações clínicas

O principal sintoma é a coceira, que pode começar antes mesmo das lesões cutâneas se manifestarem. Na infância as lesões são avermelhadas e descamativas. Podem atingir a face, tronco e membros. Com o ato de coçar, tornam-se escoriadas e podem sofrer infecção secundária.

Nos adolescentes e adultos, as lesões localizam-se preferencialmente nas áreas de dobras da pele, como a região posterior dos joelhos, pescoço e dobras dos braços. A pele destes locais torna-se mais grossa, áspera e escurecida. Usualmente localizada nestas áreas, a dermatite atópica pode se generalizar, atingindo grandes áreas corporais.

Passada a infância, pode ocorrer o desaparecimento total das lesões mas, geralmente, a doença tem curso crônico (longa duração), apresentando períodos de melhora e de piora. É comum, após o desaparecimento da dermatite atópica, ocorrer a substituição desta por uma das outras formas de apresentação da atopia (asma ou rinite).

Outra característica da pele do atópico é a sua tendência maior ao ressecamento que, por si só, pode dar origem à sensação de coceira e descamação. O estresse emocional pode desencadear períodos de piora e não deve ser menosprezado.

Tratamento

A hidratação da pele é muito importante, devendo-se evitar sabonetes agressivos, buchas e banhos quentes. Se tomar mais de um banho por dia, o sabonete deve ser usado apenas em um deles. Logo após o banho, com a pele ainda úmida, deve-se usar hidratantes para evitar o ressecamento.

As lesões são tratadas com o uso de cremes e pomadas à base de corticosteróides ou outras substâncias que ajudam a combater a inflamação. Em caso de infecção secundária, devem ser usados antibióticos. Medicações anti-alérgicas ajudam a diminuir e controlar a coceira. Casos mais graves podem necessitar de medicações mais potentes, via oral, para o seu controle. O tratamento da dermatite atópica depende de cada caso e deve ser conduzido por um médico dermatologista.

Fonte: Dermatologia.net

Saiba quais os cuidados necessários para uma careca total saudável

Não é só quem passa na faculdade que pode aderir ao visual totalmente careca. E também não é preciso ser “duro de matar” (ave, Bruce Willis!) para passar a máquina no telhado e ficar com um visual ousado. Seja por praticidade, por estilo ou por falta de cabelo, o importante é saber fazer direito e tomar cuidado para não acabar de cabeça quente.

Conversamos com a dermatologista Estrela D’Aurea Machado* para saber quais os principais cuidados que deve ter quem vai tirar o escalpo e deixar a cabeça livre ao vento. “Não basta só passar a máquina”, conta. “É preciso ser cauteloso na hora de raspar e também depois. Chapéu e protetor solar são indispensáveis para os aspirantes a Kojak.”

Philips Impress: Qual é a melhor maneira de raspar a cabeça?

Dra. Estrela: A melhor maneira é utilizar uma máquina de cortar cabelos. Geralmente esses aparelhos têm graduação para 1 milímetro. Caso queira um fio ainda mais curto, aconselha-se complementar com um aparador de barba, que corta o fio até 0,6 milímetro.

Que cuidados são necessários antes de raspar o cabelo?

O cabelo deve estar seco. Terminado o procedimento, é necessário aplicar cremes cicatrizantes ou siliconados para acelerar a reparação do couro cabeludo e, assim, protegê-lo. O ideal é realizar esse procedimento com um profissional, pois existe o risco de se cortar. No mais, utilize sempre um espelho, comece da nuca para cima e da frente para os lados e tenha cuidado.

Como se deve proteger a cabeça depois de raspado o cabelo?

Como os cabelos têm a função de proteger o couro cabeludo, é aconselhável o uso de loções protetoras solares e protetores de barreira, como bonés e chapéus.

O chapéu pode substituir o protetor?

A associação de ambos é mais eficiente.

Raspar o cabelo é prejudicial para o couro cabeludo? Faz o cabelo cair mais?

Ao raspar a cabeça, estamos removendo apenas o fio de cabelo e não danificamos o bulbo piloso, ou seja, a raiz do cabelo. Assim, não se observa alteração do número, aspecto ou crescimento dos fios.

A pele da cabeça é mais sujeita a câncer de pele?

Como a principal função dos cabelos é a proteção do couro cabeludo, a ausência deles pode facilitar a exposição aos raios ultravioleta, o que levará a danos no material genético das células da pele, podendo até causar lesões pré-cancerígenas e/ou cancerígenas.

Que sinal demonstra que não estou cuidando direito da cabeça raspada?

Para identificar o fotodano (dano causado pelos raios solares), devemos observar a ocorrência de lesões descamativas, avermelhadas e ásperas, que necessitam de tratamento e acompanhamento com médico dermatologista.

*Dra. Estrela D’Aurea Machado é formada em Medicina pela Unesp e é especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Fonte: Impress